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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

REINÍCIO DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS EM 2012

Nos próximos dias 01 e 02 de março, acontecerão nas escolas Estadual Rômulo Galvão e Municipal Dr. Luiz Viana Filho, oficinas de Letramento, Matemática, Tecnologias da Alfabetização, teatro, arte e dança com o intuito de preparar e dar suporte técnico e pedagógico aos monitores do Programa Mais Educação do município de Senhor do Bonfim.

O QUE É PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO?

O Programa Mais Educação instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e pelo Decreto n° 7.083, de 27 de janeiro de 2010, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como uma estratégia do Governo Federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular1, na perspectiva da Educação Integral.
Trata-se da construção de uma ação intersetorial entre as políticas públicas educacionais e sociais,contribuindo, desse modo, tanto para a diminuição das desigualdades educacionais, quanto para a valorização da diversidade cultural brasileira.

O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO EM SENHOR DO BONFIM

O Governo Cuidando da Nossa Gente na Pessoa do Prefeito Paulo Batista Machado, visando ampliar a jornada escolar e a organização curricular das escolas na perspectiva da Educação Integral e buscando melhorar cada vez mais a qualidade do ensino nas escolas municipais, tem contribuído amplamente na implantação do Programa Mais Educação no município, desde de 2011 quando foi implantado inicialmente em sete escolas da sede, sendo elas: (Escola Municipal Cândido Félix Martins, Escola Municipal Dr. Luiz Viana Filho, Escola Municipal Austricliano Carvalho, Escola Municipal Thomaz Guimarães, Escola Municipal Dr. José Gonçalves, Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Creche Escola Francesco Galli).


Em 2012  mais quatro escolas passarão a fazer parte do Programa, são elas: (Escola Municipal Abigail Feitosa, Escola Municipal Professora Nívea Seixas, Escola Municipal Maritonia Andrade e Escola Municipal Chapeuzinho Vermelho).

Os alunos destas escolas têm acesso a diversas atividades, tais como: Matemática, Letramento, Tecnologias da Alfabetização, teatro, dança, fanfarra, instrumentos de corda, grafite, desenho, coral, rádio escolar, percussão, natação, futebol, futsal, basquete, handebol, vôlei e karate.

São mais de 70 pessoas envolvidas de forma direta e indireta no processo de execução do Programa dentro e fora das escolas atendidas.

A Coordenação do Programa fica a cargo de uma equipe de Coordenadores da Secretaria Municipal de Educação e Esportes: Verbenia Tércia, José Alberto Longuinho, Josemar Sá, Ana Carla Amaral, Eliene Rodrigues, Alone kátia  e José Salgado.


OFICINAS:

Oficina de Matemática
Responsável: Professora Karla Andréa Ferreira de Almeida Silva
Local: Colégio Estadual Rômulo Galvão
Data: 01/03 (quinta-Feira)
Hora: 14:00

Oficina de Letramento
Responsável: Professora Jacira da Silva Teixeira
Local: Colégio Estadual Rômulo Galvão
Data: 01/03 (quinta-feira)
Hora: 08:00

Oficina de Tecnologias da Alfabetização
Responsável: Alone Kátia Lopes Jatobá
Local: Escola Municipal Luiz Viana Filho
Data: 02/03 (sexta-feira)
Hora: 08:00

Oficina de Arte Educação
Responsável: Antonio D'ogundile
Local: Colégio Estadual Rômulo Galvão
Data: 02/03 (sexta-feira)
Hora:14:00

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

DANÇA: HISTÓRIA, RITIMO E MOVIMENTO

Sem música não há dança. Sem movimento corporal também não. A dança, portanto, apenas ocorre quando o corpo executa movimentos a partir de um determinado ritmo.

O autor Bourcier se dedicou a esse tema e apresenta em seu livro, “A história da dança no ocidente”, um panorama geral que se estende desde a pré-história até os tempos atuais. Segundo ele, a dança teria surgido como meio de expressão religiosa dos homens primitivos, conclusão sugerida por cinco pinturas rupestres, encontradas em sítios arqueológicos. A hipótese apresentada por Bourcier é a de que os primeiros ritmos teriam surgido de percussões, e de que a partir desses ritmos, o próprio corpo humano passou a se movimentar de forma ritmada. Desde então, a dança vem atravessando gerações, e divisões e subdivisões vão sendo criadas dentro dessa prática. A única exceção se deve à Idade Média: é sabido que essa foi a época em que a Igreja Católica mais exerceu poder sobre o ocidente europeu. As danças de rua e de práticas religiosas populares foram extintas, concedendo apenas à côrte o direito à dança em festas de nobres. Deve-se lembrar que as danças de côrte eram dançadas quase sem toque corporal (que representava o pecado e, portanto, era contra os princípios da Igreja), e quando o toque ocorria, era revestido por luvas.

Passada a repressão corporal medieval, as danças e outras práticas corporais voltaram à cena na Europa. Foram montados ballets, cujas estrelas eram sempre mulheres. Também haviam homens nas apresentações, mas eles pouco dançavam, já que tinham apenas duas funções: serem bonitos, para tornar a apresentação mais atraente, e fortes, servindo de suporte para segurar bailarinas. A caracterização do ballet clássico era (e ainda mantém a sua tradição) voltado à uma rigidez do corpo marcado pela postura, pelas pontas dos pés, pelos movimentos em forma de “flecha”: todos bastante estendidos. O século XX trouxe inovações, apresentando uma forma de dançar que rompeu com a rigidez do ballet: a dança moderna. Essa dança é marcada pela flexibilidade corporal, pelos pés muitas vezes descalços no chão e pela expressividade do corpo.

Falamos das danças mais clássicas, mas existem outros tipos de danças que são, talvez, mais importantes do que essas, já que fazem parte da nossa história, contam quem nós somos: as danças folclóricas. Essas danças são específicas de cada localidade e, mesmo quando a mesma dança é feita em locais diferentes, elas têm suas especificidades que variam entre as regiões. A catira em São Paulo e parte do Sudeste, a dança do pau de fitas em Santa Catarina e o Cacuriá no Maranhão são exemplos de danças folclóricas.

Outra categoria de dança que está atualmente ganhando a atenção da mídia é a dança de salão, que engloba vários ritmos diferentes como, por exemplo, o soltinho, o tango, o forró, o samba de gafieira, o cha-cha-cha e a salsa. A característica marcante desse tipo de dança é que ela é sempre dançada em par. Nesse caso, o homem conduz a mulher. Há uma brincadeira muito comum entre dançarinos de salão que diz que “uma mulher não é má dançarina: ela é mal conduzida!”.

Nas aulas de Educação Física a dança costuma ser um conteúdo rejeitado por muitos alunos e até por alguns professores. Muitos são os preconceitos contra essa prática, já que é costume ouvir “dança é coisa de menina”. Será? Para você fazer dança na escola, você não precisa saber passos ou já ter feito dança fora da escola. Ao contrário: a proposta de trabalhar a dança na escola é para romper com essa ideia de que dança é uma coreografia montada com passos feitos.

Logo, o que se espera da dança na escola é que o corpo se movimente no ritmo da música e que haja expressão de sentimentos a partir do próprio movimento. E isso qualquer um faz: menino ou menina.

SISTEMA EDUCACENSO ESTÁ ABERTO PARA AS ESCOLAS PREENCHEREM INFORMAÇÕES

Desde o dia 6 de fevereiro, o Sistema Educacenso está disponível para o preenchimento das escolas públicas e privadas de educação básica de todo o País. Os dados preenchidos são utilizados para o cálculo das taxas de aprovação, reprovação e abandono e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

No site http://educacenso.inep.gov.br, na opção Situação do Aluno, as escolas informarão os estudantes que estavam na escola em 2011 e se foram aprovados, reprovados ou transferidos, se deixaram de frequentar a escola ou são falecidos, além de informar os admitidos após 25 de maio de 2011.

A SEMEC já disponibilizou todos os relatórios para as escolas preencherem e devolverem para a Secretaria para que possam se atualizados.

Maiores informações:

SEMEC – Senhor do Bonfim

74 354-9734

domingo, 19 de fevereiro de 2012

PRÁTICA ESPORTIVA E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Há preocupação atual com a participação de crianças em modalidades esportivas, então, se faz necessário orientar os pais com relação a esse assunto. Pois bem, se você tem filhos com idade de até 12 anos, e, ele já está levando a prática esportiva com seriedade é melhor ter cuidado. De acordo com pesquisadores no que se refere à aprendizagem motora, a modalidade esportiva, por competição ou na fase do treinamento, não combina com crianças na faixa etária de até 12 anos, pois, o risco de lesões neste período é maior pelo fato do corpo dessas crianças estar em desenvolvimento.

Nahas 2001, salienta que na Educação Física tem-se observado que o maior problema é estabelecer prioridades educacionais para cada faixa etária ou série, de acordo com as características e necessidades de cada nível escolar.

Sabe-se que algumas especialidades médicas, especificamente os ortopedistas, salientam que até os cinco anos a criança não tem controle neuropsicomotor para a prática esportiva.

Diversos autores, entre eles Gallahue (2005) relatam que a idéia nesse período (até os 12 anos) é estimular os movimentos de forma recreativa. Diante da afirmativa do citado autor, compreende-se que os pais, e, principalmente os professores de Educação Física devem proporcionar às crianças o maior número de movimentos possíveis, aumentando, assim, o repertório motor e contribuindo para que no futuro a criança possa praticar adequadamente qualquer modalidade esportiva.

Pactua-se que a criança que pratica esporte desenvolve a sociabilização, relacionando-se adequadamente em grupo.

Especialistas da medicina esportiva relatam que lesões que anteriormente atingiam somente adolescentes e adultos, atualmente já são cada vez mais freqüentes em crianças menores de 12 anos, especificamente dos nove aos onze anos, e, isso ocorre porque há excesso nas práticas, bem como, sobrecarga nos exercícios.

Como professor de Educação Física compreendo que a natação é uma das modalidades esportivas mais indicadas para que a criança inicie suas atividades, pois não há impacto, e, desse modo, não irá provocar lesões. Por exemplo: bebês de aproximadamente seis meses podem ser iniciados, é claro que eles não irão nadar, mas serão estimulados a executar diversos movimentos. Orienta-se que a duração de uma aula para bebês deve ser em média de 30 minutos.

Não é somente a natação, há varias modalidades esportivas que podem ser praticadas na infância, mas não devem ser competitivas e sim com a realização de festivais, incentivando a participação e não a competição, com pais a beira da quadra ou do campo gritando para seu filho e querendo vencer a qualquer custo. Neste caso a competição pode desestimular a criança para o esporte, ainda, nota-se que os festivais evitam o esforço exagerado diminuindo o risco de lesões.

Para cada modalidade esportiva, existe a idade correta, sendo importante na hora da escolha, diferenciar atividade de exercício físico. A atividade pode-se compreender como qualquer movimento que leve ao gasto de energia, sendo: executar movimentos e estimular os músculos das mãos, dos braços, das pernas, realizando principalmente movimentos naturais, como andar e correr, e, que tenha acima de tudo aval dos especialistas da Educação Física; já os exercícios físicos, são seqüências de movimentos com o objetivo de alcançar melhor performance, seja em modalidades individuais ou coletivas.

Quem praticar adequadamente qualquer tipo de esporte ou atividade física desde cedo, certamente estará trilhando bom caminho para uma vida adulta saudável, sem precisar iniciar obrigatoriamente, isto é, quando procurar um médico.

Crédito: Educação Física com responsabilidade

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

O brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção.
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto.
Brincar é um momento de auto - expressão e auto - realização. As atividades livres com blocos e peças de encaixe, as dramatizações, a música e as construções desenvolvem a criatividade, pois exige que a fantasia entra em jogo. Já o brinquedo organizado, que tem uma proposta e requer desempenho, como os jogos (quebra-cabeça, dominó e outros) constitui um desafio que promove a motivação e facilita escolhas e decisões à criança.
O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. A qualidade de oportunidades que estão sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e brinquedos garantem que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem. A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.
Um bichinho de pelúcia pode ser um bom companheiro. Uma bola é um convite ao exercício motor, um quebra - cabeças desafia a inteligência e um colar faz a menina sentir-se bonita e importante como a mamãe. Enfim, todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.
As situações problemas contidas na manipulação dos jogos e brincadeiras fazem a criança crescer através da procura de soluções e de alternativas. O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca alcança níveis que só mesmo a motivação intrínseca consegue. Ao mesmo tempo favorece a concentração, a atenção, o engajamento e a imaginação. Como conseqüência a criança fica mais calma, relaxada e aprende a pensar, estimulando sua inteligência.
Para que o brinquedo seja significativo para a criança é preciso que tenha pontos de contato com a sua realidade. Através da observação do desempenho das crianças com seus brinquedos podemos avaliar o nível de seu desenvolvimento motor e cognitivo. No lúdico, manifestam-se suas potencialidades e ao observá-las poderemos enriquecer sua aprendizagem, fornecendo através dos brinquedos os nutrientes ao seu desenvolvimento.
A relação criança X brinquedo X adulto
A criança trata os brinquedos conforme os receberam. Ela sente quando está recebendo por razões subjetivas do adulto, que muitas vezes, compra o brinquedo que gostaria de ter tido, ou que lhe dá status, ou ainda para comprar afeto e outras vezes para servir como recurso para livrar-se da criança por um bom espaço de tempo. É indispensável que a criança sinta-se atraída pelo brinquedo e cabe-nos mostrar a ela as possibilidades de exploração que ele oferece, permitindo tempo para observar e motivar-se.
A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a exploração não seja a que esperávamos. Não nos cabe interromper o pensamento da criança ou atrapalhar a simbolização que está fazendo. Devemos nos limitar a sugerir, a estimular, a explicar, sem impor nossa forma de agir, para que a criança aprenda descobrindo e compreendendo, e não por simples imitação. A participação do adulto é para ouvir, motivá-la a falar, pensar e inventar.
Brincando, a criança desenvolve seu senso de companheirismo. Jogando com amigos, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando aprender regras e conseguir uma participação satisfatória.
No jogo, ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustrações e elevar o nível de motivação.
Nas dramatizações, a criança vive personagens diferentes, ampliando sua compreensão sobre os diferentes papéis e relacionamentos humanos.
As relações cognitivas e afetivas da interação lúdica, propiciam amadurecimento emocional e vão pouco a pouco construindo a sociabilidade infantil.
O momento em que a criança está absorvida pelo brinquedo é um momento mágico e precioso, em que está sendo exercitada a capacidade de observar e manter a atenção concentrada e que irá inferir na sua eficiência e produtividade quando adulto.
Vamos brincar?
Brincar junto reforça os laços afetivos. É uma manifestação do nosso amor à criança. Todas as crianças gostam de brincar com os pais, com a professora, com os avós ou com os irmãos.
A participação do adulto na brincadeira da criança eleva o nível de interesse, enriquece e contribui para o esclarecimento de dúvidas durante o jogo. Ao mesmo tempo, a criança sente-se prestigiada e desafiada, descobrindo e vivendo experiências que tornam o brinquedo o recurso mais estimulante e mais rico em aprendizado.
Guardar os brinquedos com cuidado pode ser desenvolvido através da participação da criança na arrumação feita pelo adulto. O hábito constante e natural dos pais e da professora ao guardar com zelo o que utilizou, faz com que a criança adquira automaticamente o mesmo hábito, ocorrendo inclusive satisfação tanto no guardar como no brincar.
" Os professores podem guiá-las proporcionando-lhes os materiais apropriados mais o essencial é que, para que uma criança entenda, deve construir ela mesma, deve reinventar. Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si mesma, permanecerá com ela." ( Jean Piaget)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO ABRE INSCRIÇÕES PARA CONCURSO DE ROTEIRO E CINEMA

O Programa Mais Educação abre inscrições para o concurso Escola, Roteiro e Cinema e tem como foco estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental das escolas públicas. O concurso é promovido pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI). As inscrições devem ser feitas até 15 de abril. O prêmio para os vencedores será uma viagem à cidade de Salamanca, na Espanha, em setembro deste ano. Com o tema “O lugar onde vivo” o objetivo do concurso é estimular os jovens a escrever, a expressar idéias e sentimentos, além de aproximá-los do cinema e da televisão. Antes de escrever o trabalho, o estudante deve escolher algo típico sobre os costumes da região onde reside, como lendas, tradições, testemunhos, memórias. Pode concorrer um aluno, ou um grupo de até quatro colegas. A inscrição consta de roteiro para um filme de curta-metragem de até três minutos, sinopse e dados de identificação do autor ou autores, além de carta do diretor da escola e pré-autorização dos pais ou responsáveis pelo estudante. De acordo com o regulamento do concurso, o autor deve eleger um gênero literário, tal como humor, terror, suspense, romance. Na apresentação do trabalho, deve descrever as cenas e diálogos e prestar atenção nos critérios que serão considerados na avaliação: correção linguística, clareza de expressão, coerência entre as cenas, criatividade, originalidade e representatividade geográfica. Cronograma Em maio, uma comissão vai escolher entre os inscritos até 25 trabalhos que serão enviados para a comissão julgadora, formada por especialistas indicados pelo MEC e OEI. Cabe à comissão selecionar até cinco roteiros que serão produzidos pela TV Escola, do MEC, em julho. Em setembro, os autores viajam a Salamanca para a exibição dos filmes durante evento do Programa para o Fortalecimento das Línguas da Íbero-América na Educação, promovido pela OEI. A viagem dos estudantes será custeada pela Fundação SM. Inscrição Conforme o regulamento http://www.oei.org.br/concursocinema/regulamento.php, os estudantes podem enviar os roteiros de duas formas: por correio eletrônico roteiros@oei.org.br ou por carta registrada, com aviso de recebimento, para OEI Brasília – SHS quadra 6, conjunto A, sala 919 – Business Center Tower – Complexo Brasil 21 – Brasília – DF, CEP 70316-109. Fonte: Ministério da Educação

sábado, 11 de fevereiro de 2012

COMUNIDADES DE PASSAGEM VELHA E CRUZEIRO: OFICIALMENTE RECONHECIDAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS

As comunidades de Passagem Velha e Cruzeiro, em Senhor do Bonfim, receberam da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, a Certidão de Autodefinição que atesta às instituições e órgãos públicos que as comunidades se autodefinem remanescentes de quilombos. O documento foi assinado pelo presidente da Palmares, Eloi Ferreira de Araújo.

De acordo com a coordenadora de programas e projetos do governo federal, da Secretaria Municipal de Educação e Esportes, Verbênia Tércia a certidão dar mais viabilidade a execução de obras nestas localidades. “Esse reconhecimento formal permite que sejam construídas ou reformadas escolas, casas, além da realização de obras de saneamento básico. Ou seja, as certidões garantem o acesso das comunidades de PassagemVelha e Cruzeiro a uma série de serviços e direitos” – explicou.


O prefeito Paulo Machado afirmou ainda: “Além dessas vantagens existe outra de grande importância: a garantia e a proteção dos patrimônios, como também apoio às manifestações culturais”.


O processo e benefícios – Para o coordenador do Conselho Estadual das Comunidades Quilombolas da Bahia (CEAQ-BA) Valmir dos Santos, oriundo da comunidade quilombola de Tijuaçu (Senhor do Bonfim) foi longo o processo de aquisição do documento.


“Foi uma maratona. Iniciou em 2006. Primeiro reunimos os moradores, as associações e fizemos um trabalho de conscientização. Depois levantamos o histórico das comunidades para encontrar um fundamento quilombola. Recolhemos a assinatura da maioria dos moradores. Mais tarde, em novembro de 2011, o documento foi expedido pela Fundação. A comunidade de Cruzeiro recebeu o documento ontem [dia 9] e a de Passagem Velha receberá neste sábado” – contou Valmir.


O coordenador reafirmou os inúmeros benefícios que a população dos povoados poderá contar daqui pra frente: “Primeiro as pessoas se conscientizam de seus direitos, lutam por eles. Podem contar com a regularização fundiária; educação diferenciada, de qualidade, que torna obrigatório o aprendizado da nossa cultura; PSF e CRAS quilombola, com recursos diferenciados, moradia de qualidade, enfim, uma série de direitos que estão em lei” – completou.


Educação – Uma Escola Quilombola e um Núcleo de Aperfeiçoamento Escolar estão em fase de implantação em Passagem Velha, segundo informações da Secretaria Municipal de Educação e Esportes.


Remanescentes – Tijuaçu foi a primeira comunidade a receber a Certidão de Autodefinição na microrregião de Senhor do Bonfim, no ano de 2000. De acordo com Valmir dos Santos existem 86 comunidades remanescentes quilombolas. Setenta são certificadas nesta região.

Fonte: Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ESPORTE COMO CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

A profissão da Educação Física e Esporte precisa combater as influências negativas de um modo de viver que reduz o movimento humano. Deveríamos ser mais sensíveis à importância do movimento e do alcance educativo da formação esportiva dos jovens. Nossos esforços deveriam ir na direção da formação integral de nossa infância e juventude, sendo a formação esportiva um componente dessa formação.

Na faixa etária onde ocorre a formação esportiva, já temos no Brasil mais de 35 milhões de adolescentes. O surpreendente é o número de jovens federados, que participam de esportes de modo oficial. Um país que pretende ser olímpico não pode ter apenas 10% de sua juventude praticando esportes de maneira regular.

Lamentavelmente, milhões já estão no mercado de trabalho, 25% são desnutridos e 10% são obesos. Apesar deste quadro negativo, o país é um grande exportador de esportistas de modalidades coletivas (futebol, vôlei, basquete e futsal). Imaginem, com esta população, se tivéssemos uma cultura esportiva no país. A realidade do nosso Esporte e o conhecimento cada vez mais fundamentado sobre a atividade deixam transparecer a necessidade de se criar uma outra filosofia relativa a este tipo de prática, que sustente a procura de caminhos mais apropriados. Nesta visão, impõe-se antes de mais nada que se tenha uma idéia clara do que representa e o que significa a formação do indivíduo.
Formação significa ação de desenvolver as capacidades próprias do ser humano: inteligência, sentido social, consciência social, patriotismo, espíritocrítico etc.. É com este sentido que o esporte para crianças e jovens deve ser orientado de forma a fazer convergir os objetivos das práticas esportivas com os objetivos que presidem a educação. Então, a formação esportiva dos jovens deve ser enquadrada corretamente nas finalidades e metas do sistema educativo. É na escola onde as crianças e jovens devem aprender a estudar, a ser, a descobrir e criar, fazer e agir, praticar esportes, viver em conjunto, em equipe, de forma interativa e solidária.

Como nação, temos dispensado pouco tempo e energia no comprometimento de recursos (humanos, físicos e financeiros) para o desenvolvimento da infância em nossa sociedade. Nosso enfoque tem sido similar a jogar sementes na terra, na esperança que elas germinem flores, bonitas e perfumadas. Com bastante sol e chuva, muitas poderão brotar, mas apenas algumas florescerão. O mesmo pode ser dito das crianças de nossa nação. Todos se desenvolverão na sociedade, com ou sem ajuda, mas somente os mais fortes se tornarão membros úteis em nossa sociedade. Para sermos melhores “jardineiros”, precisamos examinar o processo de desenvolvimento que permite às crianças alcançar seu mais completo potencial.

Nossa sociedade assiste atônita a uma surpreendente patologia comportamental: o desaparecimento da infância como fase natural da vida humana. Já não vemos crianças entretidas em brincadeiras e jogos que faziam parte da paisagem urbana das nossas cidades. Com apoio dos próprios pais, entusiasmados com a perspectiva econômica, muitas crianças estão sendo prematuramente condenadas a uma vida adulta e sórdida. Privadas da infância,
elas estão se comportando, vestindo, consumindo, falando e trabalhando como adultos. A inocência infantil está sendo impiedosamente banida pela indústria do entretenimento. Na verdade, a formação por etapas, que se adquire na família, nos livros e nas escolas, foi substituída pelo aprendizado instantâneo e moralmente insensível da televisão. Não é preciso ser médico ou psicólogo paraque se possa prever as distorções afetivas, psíquicas e emocionais dessa perversa iniciação precoce.

Este é um quadro que não é compatível com destaque em Esporte algum, muito menos com ser um país olímpico. Como estas crianças e jovens não desenvolvem pré-requisitos para o rendimento esportivo através de exercícios físicos, também não desenvolvem motivação para qualquer treinamento. Aliás, este quadro atual é preocupante do ponto de vista da Saúde Pública, pois estamos a caminho de “fazer” crianças moles e flácidas, curvadas, sedentárias, telespectadores míopes, sem lhes proporcionar contrapartidas em movimentos, em atividades motoras que, na verdade, são as raízes da inteligência criadora do ser humano.

Até 15 ou 20 anos atrás, a formação generalizada em nosso país era produzida ao “ar livre”, pelas brincadeiras de rua, pelos jogos e pelos espaços disponíveis, desenvolvendo as habilidades fundamentais de corrida, saltos, lançamentos, galopes, além de movimentos de chutar, rebater, rolar, agarrar, amortecer, receber, apoiar, equilibrar, balanças, girar, etc.

Estima-se, que no Brasil, quase três milhões de crianças participam e competem regularmente em algum tipo de esporte, quantidade esta bem inferior àquela que nem sequer vai às escolas e, ainda, inferior a que já está precocemente no mercado de trabalho. Mesmo assim, entre os profissionais da Educação Física e do Esporte, muitos são contrários à participação das crianças. Um setor pessimista vê o Esporte para crianças como uma exploração da infância, com excessivas exigências, tanto físicas como psicológicas, para satisfazer mais aos adultos do que às próprias crianças. Os defensores do Esporte para crianças (dos quais eu faço parte), preconizam desenvolvimentos psicológicos altamente desejáveis como cooperação, motivação, respeito, capacidade de lidar com o sucesso e o fracasso. Onde estará a verdade? No meu entendimento, a verdade está em algum ponto de equilíbrio, em uma região em que predomina o bomsenso. Sendo um fervoroso defensor de todo tipo de práticas, esportivas ou não, penso haver maior potencial de benefícios do que malefícios. Independentemente de nossas opiniões acadêmicas, as crianças sempre vão querer participar das atividades esportivas, visto sua força social no mundo atual. A questão, então, não é se a crianças deve ou não participar, mas sim como essa participação pode ser realizada, tendo como referência sua saúde e o respeito pela sua individualidade biológica. A participação das crianças no Esporte não pode estar subordinada a interesses pessoais, que valorizem unicamente o rendimento, pois elas têm o direito de participar num ambiente seguro, em um nível compatível com seu desenvolvimento. Acima de tudo, participar como criança e não como adulto. É preciso ter em mente que, ao privar as crianças de seus direitos básicos de desenvolverem suas capacidades, estamos negando-lhes a cidadania. Num país em que apenas uma minoria tem acesso à prática regular do Esporte, seria altamente desejável que nossos esforços se concentrassem em oferecer essa prática a todas as crianças.

Prof. Dr. Valdir J. Barbanti
Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
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