PUBLICIDADE

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

AGORA É A VEZ DO SUB 22 CONQUISTAR MAIS UM TÍTULO DO CAMPEONATO BAIANO DE BASQUETE 2012

Este final de semana acontece as 17:00 horas no Núcleo de Esportes em Senhor do Bonfim, a grande final do CAMPEONATO BAIANO DE BASQUETE SUB 22, a LBB enfrenta aequipe do Esporte Clube Vitória e precisa apenas de uma vitória simples para levantar a taça, uma vez que venceu o primeiro jogo em Salvador.

Vale lembrar que a LBB conquistou no último final de semana o título na categoria sub 19, com grande participação da torcida, e mais uma vez espera ter o sexto jogador nas arquibancadas empurrando e equipe para mais uma grande conquista.

Vamos lá galera!! Todos os caminhos no sábado levam ao Núcleo de Esportes e a entrada será franca.
 
Diretoria LBB

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

É CAMPEÃO!!! BASQUETE BONFINENSE CONQUISTA O TÍTULO NA CATEGORIA SUB 19 2012

O basquete de Senhor do Bonfim conquistou neste sábado (15) de forma invícta o título do Campeonato Baiano de Basquete 2012 na categoria Sub 19, foi um jogo eletrizante más totalmente controlado pela equipe de Senhor do Bonfim, que chegou a abrir 15 pontos de diferença do outro lado a equipe do Esporte Clube Vitória tentava recuperar-se da derrota sofrida em Salvador, e precisando vencer a partida para forçar o terceiro jogo, abusou dos lances dentro do garrafão, más que não foi suficiente para tirar a vantagem adquirida pela LBB que apenas adiministrou a partida e venceu o jogo por 64 a 55 conquiatando assim o campeonato 2012.

Nas arquibancadas a torcida deu um show à parte, vibrando com cada lance e incentivando o time com gritos de Bonfim, Bonfim... presenciou no final um grande conquista do basquete bonfinense que firma cada vez mais sua força no esporte baiano.

O basquete é a modalidade esportiva de Senhor do Bonfim mais vitoriosa dos últimos anos, além da conquista deste sábado conquistou pela sétima vez o zonal dos Jogos Abertos do Interior na cidade de Irecê, conquistou também o terceiro lugar no campeonato baiano adulto 2012 e vai em busca no próximo dia 22 de dezembro do título de campeão baiano na categoria Sub 22, já conquistou a primeira vitória no jogo realizado na capital baiana e uma vitória simples jogando no Núcleo de Esportes, dará o título da categoria aos bonfinenses.


Diretoria/LBB

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

FINAL DO CAMPEONATO BAIANO DE BASQUETE SUB 19

Neste sábado dia 15 de dezembro à partir das 17:00 horas no Núcleo de Esportes acontece a grande final do Campeonato Baiano de Basquete sub 19, a Liga Bonfinense/PMSB enfrentará a equipe do Esporte Clube Vitória, esta será a segunda partida da final melhor de três, na primeira que aconteceu na capital baiana os meninos de Bonfim não tomaram conhecimento e derrotaram os rubro negros com uma vantagem de 21 pontos e colocaram uma mão na taça.
A equipe bonfinense será tri campeã na categoria, se vencer por qualquer placar, já a equipe do vitória precisa vencer para forçar o terceiro jogo que se necessário acontecerá no domingo dia 16 as 11:00 horas também no Núcleo de Esportes.

Será um Grande jogo e a força da torcida será indispensável para empurrar os bonfinenses para a conquista de mais um título para o basquete de Senhor do Bonfim, a entrada será franca e quem for ao Núcleo de Esportes verá um show de basquete.

Atenciosamente,

Diretoria LBB

FEIRENSE GANHA PATROCÍNIO E PODE DISPUTAR O NORDESTÃO EM SENHOR DO BONFIM

O Empresário Bonfinense da FC Imobiliária,Flávio Pereira Costa,vai bancar a pré temporada do Feirense  com hospedagem e alimentação ,em Senhor do Bonfim no período de 17 de Dezembro a 19 de Janeiro. Com isto o tigre deverá representar nossa Região na Copa do Nordeste edição 2013,uma vez que esta era a porta que o Feirense  estava precisando para ficar em Senhor do Bonfim para o Nordestão.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

JOGOS COOPERATIVOS E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: POSSIBILIDADES E DESAFIOS

Introdução
 
    Os avanços teóricos e acadêmicos na busca por propostas inclusivas e cooperativas na Educação Física (EF) são evidentes, todavia não podemos deixar de registrar que ainda persiste uma forte influência do mito da competição e do processo de esportivização na EF escolar (Correia, 2006a). 

    Nesse contexto e em busca de superar a visão excessivamente esportivizada da EF e a exacerbação da competição, os Jogos Cooperativos (JC) são apresentados como uma nova e importante proposta para o cotidiano da EF escolar. Embora ainda seja considerada uma proposta carente de estudos e de aprofundamento em alguns aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos, apresenta-se como bastante adequada aos propósitos de uma EF escolar não competitiva (Correia, 2006b; Darido, 2001). 

    O objetivo desse artigo é relatar o trabalho realizado nos últimos cinco anos, como docente e pesquisador dos JC. Apresentamos um breve histórico da proposta dos JC desenvolvida por Terry Orlick (1989) e identificamos outras formas de abordagem elaboradas a partir desse autor. Também apontamos algumas questões, possibilidades e desafios para os interessados em novos estudos sobre o mesmo. Esperamos, além disso, contribuir para superar uma certa dificuldade, apontada por alguns professores e por Corella (2006): a dificuldade para adquirir a literatura produzida sobre JC. 

    Para isso, faremos uma revisão da literatura produzida e disponível em nossa pesquisa, levando em consideração a nossa experiência como docente em cursos e oficinas de capacitação e no ensino fundamental do Rio de Janeiro. 

    Esse artigo permitiu como conclusão afirmar a relevância e a importância de estudos sobre JC e apontar algumas questões, limitações, desafios e possibilidades de novos trabalhos com os JC.

Educação Física escolar, esportivização, competição e Jogos Cooperativos
 
    A EF escolar é historicamente influenciada pelo esporte de rendimento, além de facilmente incorporar a competição como elemento fundamental de sua existência. Lovisolo (2001) confirma isso, da seguinte forma: "considero que a competição que se expressa em ganhar e perder é a alma do esporte" (p.108) e "creio, portanto, que se há atividade esportiva na escola, algum grau de competição estará presente" (p.109). 

    Essa visão (compartilhada por muitos professores) demonstra o quanto ainda encontra-se polêmico o ideal de uma EF escolar que supere a predominância das concepções competitivista e esportivista. Sob essa perspectiva, as aulas são orientadas pela adaptação do esporte de rendimento às condições estruturais da escola, criando o processo de esportivização das atividades e reforçando o "mito da competição" (Correia, 2006a). Mito que acaba perpetuando uma concepção equivocada de que o aluno precisa aprender a competir para sobreviver às adversidades sociais, políticas e econômicas da vida lutando contra seus pares. 

    Por isso, entendemos a importância e a relevância de estudarmos e refletirmos sobre a proposta dos JC como possibilidade de intervenção teórica e prática nesse contexto polêmico. Para Bertrand (2001), a educação do futuro exigirá das crianças e jovens de hoje a formação de valores diferentes da competição, da segregação e do racismo A EF escolar e os JC podem devem assumir tal desafio (Correia, 2006a).

A principal referência em Jogos Cooperativos
 
    Ao falarmos sobre Jogos Cooperativos, Terry Orlick torna-se a principal referência em estudos e trabalhos sobre esse tema. 

    Para esse importante pesquisador, os JC não são manifestações culturais recentes, nem tampouco uma invenção moderna. A essência dos JC "começou há milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida" (Orlick, apud Brotto, 2002, p. 47). São jogos baseados em atividades com mais oportunidades de diversão e que procuram evitar as violações físicas e psicológicas.

    Orlick (1989) faz uma arqueologia para mostrar como os jogos perpetuados por determinadas sociedades refletem e repassam valores éticos, culturais e morais. Apresenta os J C como uma atividade física essencialmente baseada na cooperação, na aceitação, no envolvimento e na diversão, tendo como propósito mudar as características de exclusão, seletividade, agressividade e exacerbação da competitividade dos jogos ocidentais. "O objetivo primordial dos jogos cooperativos é criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e a interação cooperativa prazerosa" (Orlick, 1989, p. 123). 

    Para esse autor não conseguiremos manter um ambiente humanitário em nossa sociedade reproduzindo um sistema social baseado em recompensas e punições. Apresenta estratégias para iniciar um processo de reestruturação a partir dos esportes e jogos tradicionais, introduzindo paulatinamente os valores e princípios dos JC. Propõe começar essas mudanças modificando a estrutura vitória-derrota dos jogos tradicionais pela vitória-vitória (p. 116). 

    O autor cria uma categorização, conforme quadro abaixo, que se torna uma das principais referências para os novos trabalhos com JC e um importante instrumento para reconstruir e adaptar jogos a uma concepção não competitiva ou cooperativa.


Diversificando a proposta dos Jogos Cooperativos
 
    Partindo do trabalho de Terry Orlick, surgem novos trabalhos sobre JC que permitem identificar muitas possibilidades para a abordagem dos mesmos no contexto escolar. 

    Uma delas é a perspectiva política trazida por Brown (1995), que encontra uma forte relação do jogo cooperativo ou competitivo com as questões políticas das classes socialmente desfavorecidas. Para ele, "uma de nossas tarefas é educar para não aceitar passivamente a injustiça [...] como educadores temos que transmitir outros valores. Podemos oferecer a alternativa da solidariedade e do senso crítico diante do egoísmo e da resignação" (p. 31). Com essa perspectiva os JC ganham uma visão e um papel transformador, aproximando-se das abordagens crítico-emancipadoras da EF escolar. Destaca a importância dos JC porque libertam da competição, pois o interesse se volta para a participação, eliminando a pressão de ganhar ou perder produzida pela competição; libertam da eliminação, pois procura incluir e integrar todos, evitar a eliminação dos mais fracos, mais lentos, menos habilidosos etc.; libertam para criar, pois criar significa construir, exigindo colaboração; permitindo a flexibilização das regras e mudando a rigidez das mesmas facilita-se a participação e a criação; libertam da agressão física, pois buscam evitar condutas de agressão, implícita ou explícita, em alguns jogos. 

    Oliveras (1998) apresenta os JC destacando as mesmas características que Brown (1995), porém tenta estabelecer uma relação desses jogos com a natureza. Ao relacionar os JC com a natureza, abre espaço para integrá-los com a temática do meio ambiente e da ecologia em projetos que venham a ser desenvolvidos na escola. 

    Carlson (1999) vê nos JC um caminho para melhorar a saúde. Ao participar de jogos, as crianças se beneficiam física e psicologicamente das atividades, contribuindo para preservar sua saúde. Nesse sentido, os JC são introduzidos como uma forma de intervenção, sob uma abordagem multifatorial e holística, que envolve diversos aspectos relacionados com a saúde individual, tais como: as emoções, a aprendizagem, o relacionamento pessoal; a auto-estima, a necessidade de conhecimento e as condutas comportamentais. Essa nova abordagem, relacionando JC e saúde, vai ao encontro da perspectiva multifatorial da promoção da saúde defendida por Farinatti e Ferreira (2006) para a EF Escolar. 

    Calado (2001) está incluindo os JC em uma nova concepção, a "Educação Física para a Paz", que surge de uma inter-relação das características específicas da área com os princípios filosóficos de um projeto maior chamado "Educação para a Paz". Callado propõe "potencializar a prática de jogos cooperativos" (Callado, 2001, p.3), pois considera que a cooperação se aprende cooperando. Eis um grande desafio, não só para a EF escolar, mas para a Educação como um todo. 

    Salvador e Trotte (2001) elegeram os JC como atividade para proporcionar aos alunos a oportunidade de vivenciarem e experimentarem a possibilidade de algumas mudanças comportamentais em relação ao contexto e à realidade em que viviam. Encontraram nos JC uma forma de discutir, nas aulas de EF as formas de relações de poder reproduzidas nas regras, na convivência e no jogar. 

    Procurando fazer uma interface dos JC com a Pedagogia do Esporte, Brotto (2002) propõe uma mudança para tornar o esporte menos competitivo e excludente, ou seja, "caracterizando-os como um exercício de convivência fundamental para o desenvolvimento pessoal e para a transformação." (p. 3). Descreve também as características de uma "Ética Cooperativa: con-tato, respeito mútuo, confiança, liberdade, re-creação, diálogo, paz-ciência, entusiasmo e continuidade" (p. 40). A proposição do autor é fazer dos JC uma pedagogia para o esporte e para a vida. Com essa forma de abordar o esporte, encontra-se a possibilidade de trabalhar um conteúdo de forte apelo de alunos e professores, porém diminuindo a exacerbação do mito da competição. Em nosso entendimento, essa concepção estimula uma boa polêmica e um grande desafio para novos estudos: como desenvolver a cooperação entre duas equipes ou dois adversários, se somos obrigados a admitir, como Lovisolo (2001) que a competição é inseparável do esporte? 

    Existem aqueles que defendem a cooperação intra-time (Devide, 2003), porém quando assistimos a uma partida de vôlei ou futebol não observamos as equipes criando estratégias para cooperarem com a vitória dos seus adversários. Por outro lado, Korsakas e De Rose Jr. (2002) ressaltam a necessidade de refletirmos os atributos filosóficos e pedagógicos do esporte enquanto patrimônio cultural da humanidade e pratica educativa, uma vez que o mesmo está susceptível às transformações históricas e sociais. Vemos com isso que a resposta a essa questão não será simples e envolverá discussões éticas, filosóficas, políticas e pedagógicas que extrapolam as delimitações desse artigo.

Pesquisando e discutindo os Jogos Cooperativos
 
    Ainda em pouca quantidade e, em alguns casos, com pouco aprofundamento, encontramos trabalhos de pesquisa publicados em dissertações, periódicos e anais de encontros que revelam um interesse e uma necessidade de estudos sobre os JC. 

    Uma das poucas dissertações é a de Cortez (1999). A autora identificou, em um grupo de alunos da 3a série do ensino fundamental, mudanças ocorridas no nível de satisfação, alegria, auto-estima, integração e competição a partir da introdução de um programa de JC. Observou e analisou as seguintes categorias de comportamentos e atitudes durante o trabalho com JC: "ação aleatória; interação social; papel do desafio no 'fluir'; pensamento reflexivo e solução de problemas e cooperação" (p. 101). De uma forma geral, suas observações e análises demonstraram haver alegria e satisfação durante a maior parte da experiência, além de muita vontade e empenho dos alunos para solucionarem imprevistos e dificuldades na execução das atividades cooperativas. Os JC exigem dos alunos um novo comportamento e uma nova forma de jogar que melhoram a interação social, pois os mesmos são levados a perceber a possibilidade de haver divertimento sem a competição que estão acostumados. 

    Aguiar (2003), ao estabelecer um diálogo entre a Pedagogia de Célestin Freinet e os JC na perspectiva estabelecida por Guillermo Brown, encontra possibilidades para uma prática educativa interdisciplinar e que pode ser uma ferramenta para a vivência e a criação de um novo cidadão e de uma nova sociedade. 

    Em um estudo com graduandos em EF, Abrão (2003) verifica que a vivência e aprendizagem de JC possibilitam aos futuros professores uma melhor percepção e cuidado com as práticas excludentes e discriminatórias. Através de uma formação acadêmica de qualidade, podemos levar às escolas novos conceitos, valores e concepções humanas, os quais possam estimular a convivência pacífica e o equilíbrio pessoal. Conclui que os JC são importantes para a construção dessa relação pedagógica e que os mesmos devem ser incluídos na formação dos novos professores de EF. 

    Correia (2006b) relata uma experiência com alunos do ensino fundamental, em uma escola pública da rede estadual do Rio de Janeiro, onde foi pesquisador e docente. Mostra que nem sempre as atividades com JC são prontamente aceitas, mas admite que despertam questões sociais quando "confrontados" com a realidade da cultura competitiva trazida pelos alunos. Esses conflitos são vistos como oportunidades para questionar com os alunos o paradigma da competição e pensar com eles a perspectiva da cooperação em suas relações cotidianas. Encontra nos JC uma proposta coerente com as perspectivas de mudança ou de superação do "mito da competição" (Correia, 2006b, p. 150) que a EF escolar vem buscando. 

    Embora o trabalho de Santo, Silva e Barbosa (2005) não aprofundem a questão filosófica importante, levantada por eles mesmos, sobre os JC, o relatamos, porque caminha em um sentido contrário às críticas sobre a visão esportiva e competitiva dos últimos anos. Baseados em suas "reflexões nietzscheanas" (p. 240), os autores criticam os JC, porque "aspiram um certo coletivismo muito nocivo do ponto de vista pedagógico" (p. 239). As críticas desses autores precisam ser vistas cuidadosamente, uma vez que os mesmos se apropriam de conceitos de um filósofo com pensamento bastante complexo, mas sem dar o devido aprofundamento ás questões levantadas. Além do mais, Brown (1995) e Correia (2006a e 2006b) ressaltam o cuidado para que os JC não sejam vistos como resignadores ou redentores, mas, apesar disso, não deixam de considerar seu potencial transformador.
    Com o cuidado de evitar abordar os JC com uma visão redentora ou resignadora, Correia (2006b), apoiado em Brown (1995), ressalta como grande um desafio para a E Física: levar a cooperação além do prazer do jogo, da aula e da escola. 

    Enfim, Corella (2006), em Cuba, concluiu que os JC não são muito utilizados em seu país por conta do desconhecimento da proposta pelos professores, mas reconhece um acordo no âmbito internacional quanto à importância e ao potencial dos mesmos nas aulas de EF. Recomenda a capacitação de professores de EF em JC para que qualidades como ajuda mútua, solidariedade e cooperação possam ser melhor desenvolvidas nas escolas.

Considerações finais 
 
    Apesar de esse estudo ter característica bibliográfica, a nossa experiência docente no cotidiano escolar nos dá respaldo para concluir que nenhuma das abordagens aqui relacionadas em torno dos JC é incoerente ou incompatível com a realidade e o cotidiano da escola. 

    Até mesmo as críticas de Santo, Silva e Barbosa (2005) são relevantes, porque nos alertam para não levarmos à escola os JC como uma proposta descontextualizada dos aspectos sociais, políticos e culturais relacionados à nossa sociedade dividida em classes. 

    Quanto à formação de professores, nossa experiência com capacitação, no Rio de Janeiro e Minas Gerais, confirma as considerações de Corella (2006) e Abrão (2003). Em oficinas e cursos que realizamos, muitos professores mostram-se interessados, mas, por outro lado, muitos outros ainda revelam o desconhecimento e a dificuldade de acesso às produções literárias e acadêmicas sobre JC. 

    Como demonstram os trabalhos relatados, há uma diversidade de abordagens para os JC: a saúde, a ecológica, a política, a filosófica, a metodológica, a psicológica, a pedagógica e outras. Há, nisso, um campo vasto para investigação, estudos e aplicações na escola. 

    Embora a mediação do esporte pelos JC seja uma estratégia adequada para estimular a participação dos alunos e a cooperação intra-grupal, não se pode perder de vista a relação de oposição que continua implícita quando se trabalha com duas equipes. Essa estratégia deve ser vista como um processo para alcançar os objetivos de um projeto político-pedagógico da nossa sociedade, o qual pretende transformar o paradigma da competição em um paradigma da cooperação. Logo, a EF escolar deve refletir sobre seus métodos, estratégias e conteúdos adotados nas aulas. 

    Temos de considerar a necessidade de mais estudos e pesquisa sobre JC. A grande parte dos trabalhos aqui relatados dá um enfoque mais psicológico, em torno do indivíduo ou grupo, desconsiderando as correlações entre uma interferência individual e grupal com um contexto social e político mais amplo. O consenso internacional identificado por Corella (2006) precisa ser redimensionado para que os JC não caiam em um discurso acrítico ou ufanista a ponto de merecer críticas apressadas como as de Santo, Silva e Barbosa (2005). 

    Finalmente, não podemos considerar tais críticas como acusações ou desmerecimento da proposta dos JC, mas sim como desafios para novos trabalhos em busca de aprimorar essa proposta; pois, como vimos, a grande parte das experiências com mostram-se positivas.

Referências bibliográficas
  • BERTRAND, Y. Por uma competência ecossocial nova. In: BERTRAND, Y. Teorias contemporâneas da educação. 2ª ed. Lisboa: Instituto Piaget, p. 230-231. 2001.
  • BROTTO, F. O. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência. Santos: Projeto Cooperação, 2002.
  • BROWN, G. Jogos cooperativos: teoria e prática. 2a ed. São Leopoldo: Sinodal, 1995.
  • CALLADO, C. V. Educación Física para la Paz. Una Proposta Possible. Lecturas: Educación Física y Desportes. Buenos Aires, Ano 7, n. 36. 2001. Revista digital. Disponível em: http://www.efdeportes.com. Acessado em: 04/11/2003.
  • CARLSON, J. M. Cooperative games: a pathway to improving health. ASCA - Professional School Counsulting; Feb. 1999; 2, 3: ProQuest Education Journals. Disponível em: www.proquest.co.uk. Acessado em: 27/9/2006.
  • CORELLA, K. de la C. C. Los juegos cooperativos: uma proposta para la classe de educación física em primer ciclo de la enseñanza primaria. Lecturas: Educación Física y Desportes. Buenos Aires, Ano 11, n. 99, Ago. 2006. Disponível em: Acessado em: 9/9/2006.
  • CORREIA, M. M. Jogos cooperativos: perspectivas, possibilidades e desafios na educação física escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Campinas, v. 27, n. 2, p. 149-164. 2006b.
  • CORREIA, M. M. Trabalhando com jogos cooperativos: em busca de novos paradigmas na educação física. Campinas: Papirus, 2006a.
  • CORTEZ, R. do N. C. Sonhando com a Magia dos Jogos Cooperativos. Dissertação de Mestrado. Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, 1999.
  • DARIDO, S. C Os conteúdos da educação física escolar: influências, tendências, dificuldades e possibilidades. Perspectivas em educação Física Escolar. Niterói, v. 1, supl. 1, p. 5-25. 2001.
  • DEVIDE, F. P. Possíveis sentidos da competição: uma reflexão sobre o esporte máster. Motus Corporis. Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p.43-62, nov. 2003.
  • FARINATTI, P. T. V.; FERREIRA, M. S. Saúde, promoção da saúde e educação física: conceito, princípio e aplicações. Rio de Janeiro: Eduerj, 2006.
  • KORSAKAS, P.; DE ROSE JR., D. Os encontro e desencontros entre esporte e educação: uma discussão filosófico-pedagógica. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo, ano 1, n. 1, p. 83-93. 2002.
  • LOVISOLO, H. Mediação: Esporte rendimento e esporte da escola. Revista Movimento. Porto Alegre, Ano VII, n. 15, p.107-117. 2001.
  • OLIVERAS, E. P. Juegos Cooperativos: Juegos para el Encuentro. Lecturas: Educación Física y Desportes. Buenos Aires, 1998, ano 3, n. 9. Revista digital. Disponível em: http://www.efdeportes.com. Acessado e: 04/11/2003.
  • ORLICK, T. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.
  • SALVADOR, M. A. S. e TROTTE, S. M. S. Jogos Cooperativos: uma estratégia essencial da cultura corporal nas escolas públicas. Anais do V Encontro Fluminense de Educação Física Escolar. Niterói, 23-24 jun. 2001. Universidade Federal Fluminense - Departamento de Educação Física, p. 69-72.
  • SANTO, W. R. do E.; SILVA, R. X. DA S.; BARBOSA, A. L. F. Os jogos cooperativos e a apologia da fraqueza: reflexões nietzscheanas. Anais do IX Encontro Fluminense de Educação Física Escolar. Niterói, 29-31 jul. 2005. Universidade Federal Fluminense - Departamento de Educação Física, p. 239-242.

UM VELHO PROBLEMA: AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Muitos professores de Educação Física têm em suas mãos uma enorme dificuldade: criar um sistema de avaliação único. Mas acontece que essa disciplina é completamente diferente das demais, em que é possível mensurar o conhecimento do aluno por meio de avaliações teóricas (a famosa prova). Na Educação Física, o conhecimento é construído pela apropriação de técnicas corporais e pela criação de movimentos, o que dificulta muito a avaliação por parte do professor.

Algumas décadas atrás, predominava, na Educação Física, um modelo tecnicista no qual a avaliação era feita de acordo com critérios de rendimento, principalmente o esportivo. Como crítica a esse modelo, dizia-se que os alunos que já tinham uma disposição para a prática esportiva eram muito bem conceituados, mesmo participando pouco da aula ou quando não se interessavam por ela. Além disso, os estudantes com mais dificuldades para executar os movimentos técnicos dos esportes, por mais esforçados que fossem, tinham sempre um baixo desempenho avaliativo. Esse argumento incontestável serviu para que o critério "rendimento técnico" fosse abandonado; e a avaliação, repensada.



Depois do modelo tecnicista, nunca houve um consenso quanto à avaliação. Alguns professores exigem trabalhos teóricos em que são cobrados, na maioria dos casos, progressões pedagógicas, sistemas técnico-táticos e, principalmente, a história das modalidades esportivas. Mas esse tipo de avaliação é falho porque, com a série de recursos disponíveis na Internet, os alunos podem facilmente produzir um trabalho sem sequer ler o conteúdo que foi solicitado. Além disso, esse método leva ao mesmo erro do modelo tecnicista: centrar as aulas de Educação Física — que têm um amplo repertório de atividades ao seu dispor — em um único conteúdo: os esportes.


Outros professores simplesmente se apropriaram do modelo usado pelas demais disciplinas e aplicam uma prova ao término do bimestre. Esse padrão também não é o mais adequado em virtude da desvinculação entre teoria e prática. No caso da Educação Física, nenhuma prática pode ser destituída de uma teoria explicativa, pois, caso contrário, a aula simplesmente se transforma em um recreio prolongado. Por mais lúdica que seja a prática de Educação Física, ela sempre deve ter seus objetivos, mesmo que sejam imperceptíveis aos alunos e a quem observa a aula. E, se a prática não pode ser desvinculada de uma teoria, tampouco a teoria pode ser destituída da prática. Portanto, as provas, de maneira alguma, cumprem a função de verificar se um conteúdo prático (ligado ao movimento) foi assimilado pelo educando.


Outra forma de avaliação bastante comum e que também vem sendo questionada é aquela que usa como critério único o comparecimento do estudante e sua participação nas aulas. O problema é que, ao aluno, é permitido faltar até a 25% das aulas e, dessa forma, esse tipo de avaliação fere uma lei do MEC. Além disso, o professor pode facilmente se confundir, considerando o aluno extrovertido como participativo e o estudante tímido como menos esforçado.


Alguns teóricos da área sugerem alternativas inovadoras, como extinguir a avaliação formal (realizada pelo professor), trocando-a por uma auto-avaliação. No entanto, os profissionais que atuam nas escolas afirmam que essa idéia é utópica, já que o aluno está habituado ao sistema de avaliação prova/trabalho, não tendo, portanto, maturidade suficiente para fazer uma auto-análise coerente. Outros estudiosos concebem como modelo ideal medir o desenvolvimento geral do estudante. Nesse sistema, o potencial motor do aluno seria medido no início do ano letivo e, bimestralmente, avaliado novamente. Entretanto, além de ter critérios bastante subjetivos, o elevado número de educandos e o pequeno número de aulas semanais inviabilizam que o professor consiga acompanhar a evolução dos seus alunos individualmente.


Mas, então, qual é o modelo ideal para se fazer a avaliação em Educação Física? Infelizmente, não existe uma fórmula pronta. Muitos dos modelos citados — e criticados — anteriormente podem ser usados, contanto que não como padrão único e tampouco sem passar por uma reflexão prévia. Por exemplo: os trabalhos escolares são úteis, mas não aqueles que permitem que o aluno simplesmente "recorte e cole" da Internet, e, sim, os que podem reforçar a articulação entre teoria e prática, levando o estudante a refletir sobre seu cotidiano nas aulas de Educação Física e a forma como concebe o próprio corpo. Em vez de solicitar um trabalho enorme tratando do histórico da modalidade, das séries de progressões pedagógicas e das regras dos esportes — que muitas vezes sequer é lido na íntegra pelo professor —, sugere-se que sejam cobrados textos curtos (na forma de redação), mas com um alto teor de crítica e reflexão, explorando as problemáticas surgidas durante as aulas ou mesmo no dia-a-dia do aluno (como, por exemplo, o uso de anabolizantes). As avaliações teóricas podem seguir a mesma linha: por meio de questões dissertativas, pode-se exigir que o estudante reflita sobre a importância do movimento na sua vida. E, se muitas vezes é inviável acompanhar o desenvolvimento individual dos alunos, pode-se acompanhar o desenvolvimento geral, ou seja, da turma, até mesmo reforçando o senso de colaboração, já que uma parcela da nota será coletiva.


De qualquer forma, o mais importante é não negligenciar a importância da avaliação, pois é através dela que o educando tem um controle do seu desenvolvimento e, assim, sabe quanto ainda pode evoluir com relação aos movimentos e ao domínio e consciência do corpo — quebrando os paradigmas de beleza pregados pela mídia e que envolvem, muitas vezes, sofrimento e privações.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

JOGOS DA DIREC 2012

Os jogos estudantis é o reflexo de uma  educação de qualidade, onde os jovens de forma descontraída e inserida no projeto didático-pedagógico praticam valores e externalizam na prática a teoria adquirida no ambiente escolar.

É com este parâmetro educacional que o Diretor da DIREC 28, o professor Helder Luiz Barbosa Amorim, abriu os jogos estudantis, enfatizando o potencial dos participantes e acenando para que estes abrilhantassem o evento aproveitando a possibilidade que um intercâmbio cultural pode proporcionar e de maneira amistosa demonstrassem que esporte e educação se completam e refletem o processo de ensino-aprendizagem plausível e almejado pela sociedade.

É dentro desta meta que os jogos estudantis da DIREC 28 realizado no período de 28 a 30/11 nas mais diversas modalidades, conclamou a sociedade para participar do evento que é de suma importância para a (re)significação da escola pública e principalmente na valoração da comunidade estudantil.

FINAL DO CAMPEONATO BONFINENSE DE MTB


UM SHOW DE BASQUETE NA CIDADE DE SENHOR DO BONFIM

No último final de semana ocorreram duas grandes partidas de basquete na cidade de Senhor do Bonfim, a equipe anfitriã recebeu o E.C. Vitória para o confronto em duas categorias: adulta e sub 22. O bom público que compareceu ao Núcleo Esportivo teve a oportunidade de ver uma grande festa do esporte. Mesmo com as duas derrotas, 75 a 52 na categoria adulta e 70 a 69 no domingo para o sub 22, a equipe bonfinense ainda tem muito que comemorar, tendo em vista que no próximo final de semana (08 e 09/12) ocorrerão na cidade de Salvador, a disputa do primeiro jogo da FINAL na categoria sub 22 e do TERCEIRO LUGAR pela equipe adulta.

Os jogos da equipe sub 22 ocorrerão no sistema “melhor de três”, também contra o E.C. Vitória, onde a Liga Bonfinense terá a vantagem de disputar os dois últimos jogos em casa, por ter melhor campanha no decorrer do campeonato.

Vale lembrar também, que a Liga Bonfinense irá disputar a FINAL na categoria sub 19 na cidade de Senhor do Bonfim, no dia 15/12. Este será o segundo jogo das finais, onde os bonfinenses já venceram o primeiro confronto contra o Vitória na capital baiana.
 
A Liga Bonfinense de Basquete agradece a presença de todos no evento e conta, mais uma vez, com o apoio da torcida à nossa equipe.

Atenciosamente, Diretoria LBB.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ANÁLISE CRÍTICA SOBRE TREINAMENTO DESPORTIVO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Conceitos de treinamento desportivo

Para Dantas (2003, p. 28), "[...] é conjunto de procedimentos e meios utilizados para se conduzir um atleta a sua plenitude física, técnica e psicológica dentro de um planejamento racional, visando executar uma performance máxima num período determinado".
Segundo Mantivéiev (1986, p. 32), "[...] é a forma básica de preparação do atleta. É a preparação sistematicamente organizada por meio de exercícios que de facto constitui um processo pedagogicamente estruturado de condução de desenvolvimento do atleta [...]".
A explicação de treinamento desportivo de Weineck "[...] sugere a definição de 'treinamento esportivo' como sendo o processo ativo complexo regular planificado e orientado para melhoria do aproveitamento e desempenho esportivo" (CARL, apud WEINECK 1999, p. 10).

Reflexão sobre treinamento desportivo

Segundo Perez (2000), entende-se por treinamento um processo composto por várias etapas, que se inicia sempre da mais simples para a mais complexa, até chegar à especialização, que visa à melhoria de algo, sendo essa uma característica nata dos seres humanos.

O ato de treinar, que tem como sentido/significado tornar apto ou adestrado, não se restringe somente aos atletas, mas também está ligado a outros animais, nem está unicamente associado ao esporte, pois, quando o objetivo é perda de peso por uma prática de atividade física, ocorre um treinamento.

Aproveitamos para fazer analogias aos conceitos dos autores supracitados, no que tange às questões de "treinamento/adestramento" no processo educacional, não somente na disciplina da Educação Física, mas de forma geral.

É preciso observar que o "adestramento" das pessoas se inicia quando ingressam, desde cedo, na instituição educacional, que respeita as "leis" do sistema vigente. Há de se convir que esse sistema trouxe vários benefícios para sociedade. Contudo, na sociedade, somos todos "adestrados" a sobrevivermos nela. O interessante é justamente saber interpretar o que está escrito nas entrelinhas do processo de ensino e uma das formas de se aprender como interpretar é justamente, por pura ironia, dentro das escolas, atuando com professores que saibam utilizar metodologias pedagógicas que fomentem a dialética entre os alunos, de forma a fazê-los compreender como funciona esse sistema, pois, assim, poderá haver um processo de melhoria gradual de convivência.

No entanto, para além da escola, há interesses escusos de pequenos grupos que controlam grandes empresas que investem intensamente na ciência do esporte.

As grandes empresas envolvidas no meio esportivo visualizaram o extraordinário vínculo da cultura do esporte em determinados países, como a Nike enxergou no Brasil (o país do futebol) e fatura enormes cifras com o patrocínio da Seleção Brasileira, tendo o direito de fazer que o Brasil realize amistosos com quem ela quiser. É só reparar que os amistosos são sempre contra seleções sem tradição no esporte bretão, como foi o caso do amistoso contra o Haiti com o pretexto de parar a guerra por um momento, mas, na verdade, havia interesses escusos ali envolvidos, como possibilitar sempre a abertura de mais um novo mercado consumidor para seus produtos relacionados com o futebol.

Segundo Perez (2000), atletas são indivíduos que visam a um rendimento máximo e participam de competições. Podem ser divididos em três grupos: os de alto nível, os de nível regular e de nível fraco. Há de se concordar com o autor, que as regras e os valores da competição são socialmente construídos. Existem exemplos notórios dentro da própria Educação Física escolar, na qual os mais habilidosos são sempre os primeiros a serem escolhidos, ocorrendo o contrário com os que não possuem determinadas destrezas coniventes com a atividade, impostas como essenciais. É função de um bom educador físico fazer com que seus alunos saibam interpretar criticamente essa inversão de valores.

Há também os não-atletas que, de acordo com Perez (2000), podem participar de competições, porém com objetivos mais ligados à saúde e ao prazer do que ao alto rendimento. Esses objetivos também são impostos pelo sistema vigente, que prega que as pessoas tenham o corpo em forma (fôrma), pois, quanto melhores se sentirem, mais produzirão. O conceito de pessoa bela (estereotipado) é a todo momento colocado na mídia como o ideal a se seguir, usando os atletas que passam por todo um processo de treinamento desportivo.

Considerações finais

Há de se convir que empregar, nas aulas de Educação Física escolar, os conceitos de treinamento desportivo é um tanto complicado, tendo em vista todos os problemas de enorme disparidade social encontrados no Brasil.

Como usar esses conceitos ou até mesmo os princípios do treinamento (princípios da adaptação, da sobrecarga, da individualidade biológica, entre outros) numa escola onde há crianças com desnutrição chegando ao extremo de algumas delas terem uma refeição apenas e, muitas vezes, é justamente a refeição dada na escola? Sem uma perfeita alimentação, é impossível conduzir um "aluno/atleta" a uma plenitude na condição física ou técnica. E, ainda, como uma criança atingirá plenitude psicológico se, na periferia onde mora, há tiroteios entre traficantes disputando a venda de drogas ou até mesmo dentro da própria casa ela assiste à violência entre os familiares por motivos vários como de dependência química?

Além disso, vale lembrar as péssimas condições que os professores de Educação Física encontram, como se pode observar em escolas onde as aulas são dadas em chão batido, propiciando oportunidades de os alunos se machucarem ou, ainda, escolas sem um mínimo de espaços para que ocorram as aulas de Educação Física, além da falta de materiais. Muitas vezes, o próprio profissional se vê na "obrigação" de comprar pelo menos uma bola para possibilitar uma vivência aos seus alunos.

Obs. Os autores Bruno Vasconcellos Silva (bvasconcellos1983@hotmail.com) e Alinne Ferreira Bastos (alinnefb@hotmail.com) são acadêmicos do CEFD-UFES.

Referências
  • 1 Dantas, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
  • 2 Daolio, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2004.
  • 3 Mantivéiev. C. P. Horizontes da cultura física fundamentos do treino desportivo. Lisboa: Livros Horizontes. LDA, 1986.
  • 4 Metodologia do Ensino da Educação Física/Coletivo de Autores. São Paulo: Cortez, 1992.
  • 5 Revista Brasileira de Ciência do Esporte. Quem são os atletas e os não-atletas no processo de treinamento? PEREZ, A. J. p. 129 a 132, jan./maio 2000.
  • 6 Weineck. J. Treinamento ideal: instruções técnicas sobre o desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil. São Paulo: Manole, 1999.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...