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terça-feira, 26 de junho de 2012

IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS DE RODAS NA ESCOLA


Reunir a turma em círculo para cantar e dançar é mais que resgatar uma brincadeira antiga e popular para proporcionar diversão aos pequenos. Brincar de roda (ou de ciranda, como é dito em algumas regiões do Brasil) é uma maneira de se expressar artisticamente. Ao propô-la, o professor desenvolve nas crianças a compreensão da capacidade que elas têm de se mexer, criar e controlar os próprios movimentos. "Isso provoca o descobrimento do próprio corpo e de tudo o que é possível fazer com ele", explica Silvia Lopes, professora de dança na Escola Grão de Chão, no Espaço Brincar, na Escola Jacarandá e no Colégio Oswald de Andrade, todos na capital paulista. 
E, por ser uma atividade que obrigatoriamente tem de ser realizada em grupo, os pequenos aprendem a importância de se relacionar com os colegas, respeitando o espaço e a vez de cada um, segundo Arlenice Juliani, arte-educadora do Grupo de Estudos de Danças Circulares. Esse é um ponto importante a ser trabalhado durante as cirandas, já que explorar atitudes cooperativas e solidárias é um dos principais objetivos da Educação Infantil.  
Quando organiza rodas populares, como Ciranda, CirandinhaAtirei um Pau no Gato Esquindô-Lê-Lê, o educador também proporciona a introdução a um importante conteúdo a ser trabalhado no Ensino Fundamental pelas disciplinas de Educação Física e Arte - a dança -, já que a atividade favorece o contato com os hábitos musicais de outras culturas, como a pernambucana e a cigana, o desenvolvimento da noção de ritmo e a percepção da necessidade de ajustar as expressões corporais à música cantada. "Quando brincamos de roda com as turmas da pré-escola, exploramos a aprendizagem dos movimentos feitos coletivamente", diz Eva Maísa, coordenadora pedagógica EM Maria Elisa Quadros Câmara, em Bragança Paulista, a 90 quilômetros de São Paulo. 

Apesar da possibilidade de trabalhar vários aspectos durante as cirandas, é importante lembrar que, por mais que algumas das músicas deixem claro como os movimentos devem ser feitos, a garotada ainda não tem muita capacidade de executar todos com precisão na Educação Infantil. A expectativa não pode ser essa. O importante é que todos participem, se relacionem bem com o grupo e tentem executar os comandos corretamente com o passar do tempo. Então, o professor não pode ficar fora da brincadeira. 

Ele é um modelo para as crianças e fornece o repertório de gestos e posturas a serem imitados. Outro papel que cabe a ele é pensar as adequações necessárias para tornar os movimentos mais convenientes ou desafiadores. Com um pouco de pesquisa na comunidade local e em livros que abordam o tema historicamente e reúnem sugestões da brincadeira, descobre-se que, mais que rodar de mãos dadas, muitas cirandas podem ser vivenciadas de maneiras diversas, como com os pés entrelaçados e de costas para o centro da roda.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

OS ESPORTES COLETIVOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


Se bem planejadas, as aulas com esportes coletivos ajudam a ensinar conceitos importantes, como técnicas de modalidades variadas, sua história e a importância do trabalho em equipe.

Além disso, garantem as condições para que todos os alunos tenham acesso ao esporte e, ao praticá-lo, desenvolvam suas competências técnicas e táticas, como também a habilidade de se relacionar em jogos coletivos e de solucionar situações-problema gradativamente mais complexas. Para ajudá-lo, NOVA ESCOLA reuniu as principais dúvidas sobre o trabalho com modalidades coletivas, respondidas a seguir.
1 Há idades mais adequadas para introduzir as diferentes modalidades de esporte?
Não. Todas podem ser trabalhadas com crianças de diferentes faixas etárias, mas é importante fazer adaptações com relação ao esporte oficial. Nas aulas do professor de Educação Física Caio de Campos Busca na EMEB Marina Pires de Araujo, em Itatiba, a 80 quilômetros de São Paulo, a turma do 2º ano usa a rede de vôlei num tamanho compatível com a sua altura e bolas grandes e macias (leia o quadro abaixo). É fundamental garantir que todos conheçam os gestos associados a cada esporte. "É preciso dar condições para que todos avancem em seu tempo", explica Alexandre Arena, do Instituto Esporte e Educação, em São Paulo.
2 O que é essencial ensinar às crianças?
Técnicas, conceitos de saúde e história do esporte. Dentro desses temas, observe o que é mais importante para a turma."Em uma classe com conflitos, deve-se fazer atividades que gerem reflexão sobre o respeito ao adversário", diz Adriano José Rossetto Jr., professor da Universidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro.
3 Campeonatos devem ser organizados?
Sim, pois ajudam a trabalhar conceitos como análise tática e trabalho em equipe. Mas nelas deve haver atividades de que todos possam participar, ainda que isso exija adaptações. "Se só existe lugar para as equipes de alto nível em uma competição, então excluiremos a maioria das crianças", afirma Rossetto.
4 Deve-se propor clínicas de aperfeiçoamento?
Depende dos objetivos. Elas farão sentido se forem uma forma de contribuir para que os alunos se aprimorem nos fundamentos de cada prática. O que não vale é direcionar as aulas para o aperfeiçoamento dos naturalmente mais habilidosos. Para eles, a escola deve criar oportunidades no contraturno.
5 Qual é a melhor forma de montar as equipes?
A organização deles deve ser feita de acordo com seus objetivos, mas sempre garantindo grupos heterogêneos: estudantes de diferentes portes físicos, mais e menos habilidosos, meninas e meninos. É essencial que todos vivenciem cada um dos papéis no coletivo para que treinem diversas habilidades. No jogo de futebol, é um erro destacar as meninas sempre para as posições de defesa. "Elas podem defender no primeiro tempo, enquanto os meninos atacam. Porém, no segundo tempo, a situação se inverte", lembra Marcelo Jabu, coautor dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Educação Física. O único cuidado é não delegar essa tarefa às crianças. Elas vão se unir por afinidades e os objetivos da atividade não serão garantidos.
6 Qual deve ser o papel do professor durante um jogo?
É importante observar a partida para avaliar constantemente as atividades desenvolvidas pelos alunos. "Ele deve perceber se a atividade está adequada e se mantém os alunos motivados", diz Rossetto (leia a sequência didática). Também é papel do docente esclarecer regras e mediar conflitos. A função de árbitro, nos jogos, pode ser delegada aos alunos. "Assim, eles refletem sobre a importância de tomar decisões se baseando em regras preestabelecidas e respeitá-las", completa Jabu.
7 Como estudar a fisiologia do esporte na aula?
Os alunos podem identificar as capacidades físicas mais exigidas, como força, resistência, flexibilidade, ritmo, coordenação e velocidade, e que interferem diretamente na realização de determinados movimentos. Por exemplo, ao jogar futebol, as crianças podem ser questionadas sobre o que é necessário para que se saiam cada vez melhor. Nas respostas, a questão da força e da velocidade aparecerá. Você deve levantar essas capacidades com a turma e depois ajudar a construir os conceitos associados a elas.
 

terça-feira, 19 de junho de 2012

20 QUALIDADES DO PROFESSOR IDEAL


O docente ideal:

1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.
3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.

Fonte: Adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep.

sábado, 16 de junho de 2012

COMO TRABALHAR JOGOS SEM INCENTIVAR A COMPETIÇÃO?

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Na escola, é importante mesclar brincadeiras e jogos competitivos com outros cooperativos e de construção. Procure equilibrar atividades que exijam habilidades específicas - como rapidez e força - com outras que envolvam sorte e raciocínio, permitindo que qualquer um ganhe. Tais propostas ensinam as crianças a lidar com o ganhar e o perder.

Isso leva tempo e, geralmente, requer a intervenção dos adultos. A forma como o professor lida com a vitória também contribui para o aprendizado. O vencedor é só um ganhador e não deve ter privilégios.

Lembre, que há outras situações no dia a dia em que incitamos a competição - muitas vezes, de forma negativa.

Isso ocorre, por exemplo, quando usamos procedimentos classificatórios de avaliação, fazemos críticas e elogios a um aluno na presença dos demais ou oferecemos atividades iguais e com o mesmo tempo para realizá-las aos que estão em diferentes momentos de aprendizagem.

Por Telma Vinha, especialista em Psicologia Educacional
 
Fonte: Revista Nova Escola

BRINCADEIRA DEVE SER ESTIMULADA, NÃO PROIBIDA

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 Na infância, as brincadeiras devem ser estimuladas pelos adultos. Mas, e quando o João se interessa por uma boneca e a Maria, em brincar de bola? Psicólogos e educadores desaconselham a proibição de brincadeiras e apontam ser fundamental o estímulo à imaginação.

Quando chegou em casa, a filha Melissa, de 7 anos, vestia um paletó, gravata, sapatos e calças que muito sobrava. Roupas do pai. A menina engrossou a voz e disse: “Querida, você quer jantar fora?”. Ele, o professor Marcos Teodorico Pinheiro, respondeu, afinando a fala: “Sim, querido, para qual restaurante você quer ir?”. Ao invés de intimidar, o pai entrou na brincadeira. “Dessa forma, minha filha fica mais confiante e eu me senti privilegiado de ela me imitar”.

Brinquedo não tem sexo. Com essa ideia, Marcos Teodorico, professor do Instituto de Educação Física e Esportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), demonstra como coloca em prática aquilo que pesquisa. Coordenador do Laboratório de Brinquedos e Jogos (Labrinjo), da UFC, o professor defende que a criança possa brincar daquilo que escolher e do que a imaginação permitir.

O maior temor dos pais, segundo ele, é que a brincadeira possa influenciar na orientação sexual do filho. “Isso não tem relação alguma. A brincadeira é uma forma de experimento, de imitação. É onde a criança pode criar, gastar energia. Se os pais reprimem, por exemplo, uma menina que se veste de homem, a filha vai perder a confiança nos pais. E ela só está imitando porque admira”, informa. A partir do momento em que um pai não aceita que um garoto, no momento do jogo simbólico da brincadeira, coloque uma boneca no colo, ele retira muito do aprendizado do menino. “Como a brincadeira é um ensaio, o filho perde a oportunidade de treino de como ser um bom pai.

Meninos que brincam de boneca tornam-se mais tolerantes com crianças menores que eles. Também ficam crianças mais compreensivas”, ensina.

Sexualidade

Não é o fato de o menino brincar de boneca que vai fazer com que ele tenha atração e desejo sexual por outro homem, de acordo com a psicóloga e sexóloga Zenilce Vieira Bruno. “Pelo contrário vai ajudar a treinar papéis sociais e divisão de tarefas. O que sabemos com certeza é que estas brincadeiras farão dele um marido muito mais admirado pelas mulheres”.

A ideia de que menina brinca de boneca, enquanto o menino ensaia a ida ao trabalho, de carro, é uma construção feita com base numa sociedade que vem se transformando. E limitar as brincadeiras, de acordo com Sabrina Matos, psicanalista e professora do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), é tentar reproduzir o modelo do machismo, vigente no século passado. “Outro dia, no Carnaval, vi uma menininha linda fantasiada de Batman. Não há problema algum nisso. E mais, se há, o problema é da mãe e/ou do pai. O medo do filho ou da filha ser gay por causa da escolha de um brinquedo sinaliza algum mal-estar com relação a sexualidade desses pais e não da criança”, determina a professora.

Menina no futebol

A criança prepara o meião, a chuteira, a camisa, a bermuda e a bola. A partida de futebol ocorrerá em alguns minutos e será a decisão dos jogos olímpicos da escola. Com apenas 12 anos, a criança segue a mesma rotina há quatro. Em instantes, o nervosismo facilmente desaparece no primeiro gol, marcado por ela. Foram nove contra um, no total. Anna Eliz Lopes Pedrosa é a artilheira. “Dizem que eu sou boa, né?”, responde, modesta.

A garota nunca enfrentou problemas por jogar um esporte tido como masculino. Mais nova, até os 7 anos, tinha nas bonecas a fonte da diversão. Quando cresceu, enjoou e viu no brincar na rua, no jogar bola, no pega-pega atividades bem mais divertidas. “Eu era mais agitada, achava paradas as brincadeiras de meninas”, conta Anna.
 
Fonte: Portal da Educação Física

A DANÇA DAS BAILARINAS CEGAS

A dança das bailarinas cegas
Com método próprio e sensibilidade, professora de balé já ensinou mais de 300 deficientes visuais.
Quando começou a ensinar balé clássico a adolescentes cegas, a professora de dança Fernanda Bianchini ouviu de muitos colegas que seria impossível transformar as moças em bailarinas, pois era preciso que o aluno enxergasse os movimentos para poder imitá-los. O início foi de fato desanimador. Tentava ensinar posições e passos ajustando braços e pernas das meninas – as sequências eram reproduzidas, mas logo se afrouxavam. A turma começou a progredir quando as próprias alunas sugeriram um método de aprendizado que se revelou muito mais eficiente: pediram para tocar o corpo de Fernanda enquanto ela fazia cada movimento. Se não tinham o sentido da visão, as garotas podiam contar com o tato. Imitavam, a partir das impressões captadas pelos dedos, a disposição dos músculos da professora ao realizar abertura de pernas, ao executar dobraduras ou ao ficar na ponta dos pés. Era 1995, e ela tinha apenas 16 anos.


Nos últimos 16 anos, mais de 300 crianças e adolescentes com deficiência visual passaram pela Associação de Balé e Artes, no bairro Vila Mariana, em São Paulo, onde Fernanda, hoje com 32 anos, leciona. O Balé de Cegos, como é conhecida a companhia, já inspirou escolas de dança no país e no exterior. Formada em fisioterapia e em dança, a bailarina abusou da criatividade. Para tornar os movimentos das meninas mais fluidos, por exemplo, amarrou folhas de palmeira nos braços delas e orientou-as a não deixar as asas imaginárias desgrudar de seus membros. Aos poucos, evoluíram dos posicionamentos estáticos para rodopios e piruetas.

A companhia mantém-se com doações e com o investimento de patrocinadores. As bailarinas já fizeram apresentações em várias regiões do país, pelas quais receberam cachê. “O balé não aprimora somente a postura, o equilíbrio, a noção espacial e corporal – o principal trabalho é sobre a autoestima do deficiente visual”, observa Fernanda. As aulas de balé, sapateado e dança de salão são gratuitas, ministradas na Associação de Balé e Artes, na rua Humberto I, 298, Vila Mariana, em São Paulo. Informações: (11) 5575-9898 ou no site 

www.ciafernandabianchini.org.br/.
Fonte: Portal da Educação Física

POR QUE AS CRIANÇAS ESTÃO ENGORDANDO?

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A obesidade atinge uma em cada três crianças no Brasil. Oferecer uma alimentação equilibrada desde cedo é a melhor tática para seu filho crescer saudável.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos está acima do peso no Brasil. Para a criançada crescer sem excesso de gordura no organismo, é preciso ficar de olho na sua alimentação. “Em geral, a criança obesa vem de uma família que não pratica nenhum esporte ou que tem uma alimentação mais pesada”, afirma Daniela Paes Perez, psicóloga e terapeuta de família.

5 dicas para ajudar no emagrecimento

1. Não fale o tempo todo sobre o peso da criança: isso aumenta muito a ansiedade e diminui a capacidade dela de se controlar na hora de comer.

2. Mude seus hábitos também: os pais têm que mudar verdadeiramente seus hábitos e não só cobrar isso. Dar exemplo vale mais que falar.

3. Não reclame: a família deve adotar hábitos bons (como caminhar no parque) sem fazer disso um sacrifício.

4. Redobre os cuidados nos finais de semana: é ruim manter uma alimentação regrada durante toda a semana e liberar geral no fim de semana. Se houver equilíbrio, a criança pode comer sempre de tudo (e sempre em porções menores!).

5. Espante a preguiça! Os exercícios ajudam e, para crianças, há várias formas divertidas de ginástica, como aulas de circo, esportes de equipe, dança, ginástica olímpica.

Seja um aliado na luta contra a obesidade infantil

· Só ofereça alimentação saudável. Tenha sempre frutas em casa, e legumes e verduras à mesa.

· Incentive a fazer esporte.

· Não permita que ele pule refeições ao longo do dia. Assim, ele não vai exagerar na hora de sentar e comer.

· Crie opções saudáveis para o lanche da escola, incluindo pão integral, queijo branco e frutas de que ele goste.

· Estimule a criança a beber água ao longo do dia. Criança esquece disso!

Consultoria de Daniela Paes Perez, psicóloga e terapeuta familiar
 
Fonte: Portal da Educação Física

PROJETO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NOS ESPORTES SERÃO PREMIADOS

Prêmio Jovem Cientista
A 26ª edição do Prêmio Jovem Cientista aborda o tema "Inovação Tecnológica nos Esportes" e está com inscrições abertas até 31 de agosto.
Podem participar alunos do ensino médio, estudantes universitários e graduados que tenham menos de 40 anos.

Os prêmios são de R$ 30 mil para o primeiro colocado na categoria dos graduados e de R$ 15 mil para o primeiro lugar em estudantes universitários. Os três melhores trabalhos entre os estudantes de nível médio serão premiados com um laptop Macbook Pra cada.

Para graduados e estudantes universitários, as linhas de pesquisa possíveis são: Gestão esportiva empreendedora e inovadora; Gestão e desenvolvimento de ferramentas em marketing do esporte; Tecnologias da Informação e Comunicação aplicadas ao Esporte; Gestão de instalações e equipamentos esportivos e desenvolvimento de ferramentas essenciais para a sustentabilidade dos espaços esportivos; Materiais sustentáveis, eficientes e duráveis para a infraestrutura e edificações esportivas; Tecnologias têxteis com a geração de "tecidos inteligentes" aplicados aos esportes; Produtos inovadores em tecnologia e design de vestuários esportivos; Inovações em nutrição de atletas e desportistas; inovações em relação a suplementos nutricionais; Recursos tecnológicos para diagnóstico, tratamento e reabilitação de lesões esportivas em atletas de alto desempenho; e Relações dos megaeventos esportivos com a educação, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

Os estudantes de nível médio devem abordar uma das seguintes linhas de pesquisa: Educação e cidadania para os esportes; Cuidados com a saúde e nutrição nos esportes; Aplicação e desenvolvimento de materiais esportivos; Gestão e instalação de infraestruturas esportivas; e Tecnologia da informação para os esportes.
As informações completas sobre o Prêmio Jovem Cientista estão disponíveis no site www.jovemcientista.org.br.

Fonte: Portal da Edicação Física

O PREFEITO PAULO BATISTA MACHADO DE SENHOR DO BONFIM GANHA PREMIO PREFEITO AMIGO DA CRIANÇA

Senhor do Bonfim conquistou um prêmio inédito: o prefeito do município, Paulo Machado, foi um dos escolhidos como Prefeito Amigo da Criança, da Fundação Abrinq. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 27 de junho, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Após análise criteriosa realizada pela referida Fundação Senhor do Bonfim foi reconhecido como um dos municípios brasileiros que avançam na garantia dos direitos das crianças e adolescentes.
“Fico muito lisonjeado pelo prêmio, inédito no nosso município e obtido depois de diversas tentativas anteriores, e ainda mais feliz por ver que o nosso trabalho em benefício da proteção e da promoção de um presente melhor, com mais qualidade de vida, para as nossas crianças e adolescentes é realidade e está sendo reconhecido”, comemora o prefeito Paulo Machado. Ele, que é educador, destaca que o ideal seria que todos os gestores e municípios da Bahia e do Brasil se empenhassem ao máximo para se engajar ao programa e, principalmente, para desenvolver ações e políticas públicas que defendam os interesses das crianças do país.

O programa Prefeito Amigo da Criança foi criado em 1996 com o objetivo de comprometer os gestores municipais para darem prioridade à criança e ao adolescente. A iniciativa está em sua quarta edição, que corresponde ao mandato municipal 2009-2012, tem abrangência nacional e está presente em todas as regiões e estados do país. Em 2012, a premiação teve a adesão de 1566 municípios. Deles, 307 cumpriram com os critérios iniciais propostos e apenas 181 tiveram o reconhecimento pleno, entre eles Senhor do Bonfim.

A concessão do prêmio teve o seguinte fluxo: no primeiro ano de gestão, os municípios integrantes do programa fizeram o diagnóstico da situação da infância e traçaram metas de enfrentamento dos problemas. Para isso, foi desenvolvido um mapa de monitoramento e avaliação de indicadores de Saúde, Educação, Proteção e Orçamento. O preenchimento do mapa permitiu acompanhar a evolução do município. Ao final de cada etapa do mapa, a equipe do programa faz relatórios de recomendação para subsidiar tecnicamente os municípios, sendo realizados também seminários e elaborados cadernos temáticos e boletins eletrônicos com as principais temáticas abordadas no mapa.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

DANÇA NA ESCOLA:UMA EDUCAÇÃO PRA LÁ DE FISÍCA

Dançar é uma das maneiras mais divertidas e adequadas para ensinar, na prática, todo o potencial de expressão do corpo humano. Enquanto mexem o tronco, as pernas e os braços, os alunos aprendem sobre o desenvolvimento físico. Introduzir a dança na escola equivale a um tipo de alfabetização. "É um ótimo recurso para desenvolver uma linguagem diferente da fala e da escrita, aumentar a sociabilidade do grupo e quebrar a timidez", afirma Atte Mabel Bottelli, professora da Faculdade Angel Viana e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. E o melhor: o trabalho pode ser feito com turmas de todas as idades e de forma interdisciplinar, envolvendo as aulas de Artes e de Educação Física. O mais importante, no entanto, não é convencer a turma a ensaiar para se apresentar no final do ano. "A prioridade é levar a criança a ter consciência corporal e entender como o corpo dela se relaciona com o espaço", ensina Ivaldo Bertazzo, coreógrafo e professor de reeducação do movimento, de São Paulo. Por volta dos 10 anos, a criança sedentária pode apresentar encurtamento de alguns músculos, o que provoca tensão. Esse estado tira o corpo da postura vertical, fundamental para que os sentidos (visão, audição etc.) funcionem bem e para manter a concentração inclusive nas aulas. Fique atento: nos garotos, as evidências mais comuns do encurtamento dos músculos são o corpo jogado para trás, a coluna curvada ao sentar e as pernas abertas quando estão parados em pé. Já nas meninas, um corpo mal-educado se revela pelo abdome saliente, o bumbum empinado para trás e os ombros contraídos. Em ambos, pescoço tenso, coluna pouco ereta e desinteresse por esportes são motivos para deixar pais e educadores alertas. Passos de dança e o alongamento contribuem para evitar a tensão. "A dança é a única manifestação artística que realmente integra o corpo e a mente", afirma Marília de Andrade, professora da Universidade Estadual de Campinas.

No Espaço Brincar, em São Paulo, os professores de Educação Infantil Sílvia Lopes, Bruno Quintas e Yvan Dourado desenvolvem estratégias lúdicas para fazer as crianças se mexerem. Pesquisadora da cultura popular, Sílvia resolveu ensinar alguns passos de frevo à turminha. Antes, recorreu às brincadeiras infantis e à contação de histórias. "Não adianta trazer a coreografia pronta", alerta a professora. "Os alunos querem participar da criação e precisam descobrir, primeiro, que movimentos já sabem fazer."

Para esquentar e levar cada um a conhecer melhor o corpo, a professora chamou a garotada para participar de um bolo humano. A atividade tem início com todos sentados em um grande círculo. Aos poucos, eles vão se arrastando para o centro da roda, orientados por Sílvia, que indica como vão se movimentar. Quando todos estão juntos, simulam com braços e pernas adicionar os ingredientes à massa do bolo. Em seguida, eles se chacoalham, imitando uma batedeira, e voltam para o lugar de origem, também movendo-se pelo chão.

Em outro momento, a professora conta a história do saci-pererê. "Escolhi o personagem porque ele se apóia numa perna só e a garotada adora ficar assim, se equilibrando", observa Sílvia. A idéia é que, com sombrinhas de frevo, os alunos interpretem como o saci faria para atravessar uma floresta, cruzar um rio, desviar de cobras e onças com pulos e rolar pelo chão. Pronto! Assim, as crianças aprendem os passos básicos do frevo. A aula de 50 minutos acaba com um relaxamento coletivo.

A professora de Educação Física Luciana Burgos, de Porto Alegre, também uniu a cultura popular à consciência corporal em suas aulas na Escola Estadual de Ensino Fundamental Nações Unidas. Há dez anos, ela percebeu que podia associar alguns exercícios a passos do vanerão, dança típica gaúcha. Nesse caso, o ideal é começar o trabalho pela teoria, explicando a origem da dança. Depois, entram em cena elementos como música e figurino. "Em pouco tempo, conseguimos formar várias duplas", conta a professora. "Deixei as aulas de ginástica a cargo de um colega e me dediquei só ao grupo de dança."

Para despertar nos alunos o interesse pela dança, é preciso levar em consideração o repertório artístico que eles têm, deixar bem claro que homem também dança e, claro, convidar a turma toda para participar. Há 15 anos, a professora de Artes Marly Vendramini Cairoli, da Escola Municipal de Ensino Fudamental Dona Angelita Maffei Vita, em São Paulo, propõe atividades variadas para atrair alunos de 5ª a 8ª série para suas aulas.

Diversas turmas já contaram em forma de coreografia a história do cientista Albert Sabin (1906-1993) e do pintor Salvador Dalí (1904-1989) e reproduziram com o corpo a famosa tela Guernica, de Pablo Picasso (1881-1973). A última inspiração de Marly veio de uma visita que suas turmas de 7ª e 8ª séries fizeram à exposição A Herança dos Czares, uma reunião de 200 obras do Museu do Kremlin, de Moscou, que ficou em cartaz entre abril e junho no Museu de Arte Brasileira, em São Paulo. "Como já tínhamos estudado a arte bizantina, não tive dúvida: desafiei os adolescentes a montar um pagode", conta Marly. Apesar de no Brasil a palavra designar um tipo de samba, ela também denomina uma dança russa.

Durante um mês, os alunos desenharam com o corpo figuras geométricas no espaço, somente para esquentar: em pé, um ao lado do outro, eles faziam retas com os braços ou, individualmente, formaram triângulos com as pernas, entre outros movimentos. Em seguida, a turma escolheu as músicas e montou uma coreografia de quatro minutos. "Quando a professora me convidou, achei que seria uma chatice, porque todo mundo só gostava de black music e axé. Me enganei", confessa Suelen Fabiano da Silva, da 8ª série. "Descobrimos que alguns passos de black e axé podem ser adaptados para o pagode. Ficou ótimo", diz Mauro Rogério, também da 8ª série.

Marly se livrou de uma armadilha em que muitos professores acabam caindo: tentar ensinar balé clássico na escola. "Esse estilo vai contra a espontaneidade da atividade. Trabalhar com as danças populares sempre dá mais certo", alerta Hulda Bittencourt, diretora artística da Cisne Negro Cia. de Dança. Há cinco anos, o Cisne Negro oferece o curso Vem Dançar, dirigido a professores da rede pública paulistana, que mostra como o repertório popular pode deixar a dança mais atraente e de que modo ela evoluiu ao longo do tempo.

Muitas vezes vista como elitista, a dança é uma atividade de integração que se adapta muito bem a qualquer currículo. As fontes de inspiração para as aulas podem variar, de acordo com o projeto da escola e os interesses da turma o comportamento dos animais e os fenômenos da natureza, por exemplo, rendem boas atividades. A sala não precisa nem ter espelhos, como as dos grandes centros de dança: basta ser limpa, bem iluminada e ventilada. Para a aula ser produtiva e agradável, diga à garotada para usar roupas leves e confortáveis e tomar muita água, como em qualquer esporte, para não desidratar.

Autor: Paulo Araújo (novaescola@atleitor.com.br)
Crédito:www.educacaofisica.com

domingo, 3 de junho de 2012

ATLETA DE PETROLINA PARTICIPA DE COMPETIÇÃO NA ESPANHA

O paratleta Francisco Daniel Coelho embarca nesta quinta feira (31) para São Paulo, onde participa de mais uma semana de treinamento e avaliação junto à seleção brasileira de paratletismo.
 No próximo dia 06, a equipe brasileira estará competindo na cidade de Bilbao na Espanha, onde os atletas brasileiros irão buscar índices e uma melhora de suas marcas para os jogos paraolímpicos de Londres.
 Daniel Coelho fez sua ultima competição no mês passado na cidade de Natal-RN onde estabeleceu o recorde brasileiro na prova dos 800 metros. Segundo seu treinador, Marciano Barros “essa competição na Espanha é de fundamental importância, pois ele irá competir pela primeira vez com atletas europeus e com isso pegando mais ritmo para os jogos paraolímpicos”.

Por: Natanael Barros
Professor de Educação Física

ATIVIDADE LÚDICAS ESTIMULAM O CÉREBRO

Gonçalo Viana

A maioria das crianças se assemelha aquele coelhinho que bate tambor no comercial da pilha que "duuura": parecem ter uma energia sem fim, que usam para fazer coisas aparentemente sem muito sentido. Por que passar tanto tempo correndo, pulando uns sobre os outros, ou brincando de morto-vivo ou batatinha-frita? Parecem brincadeiras bobas que servem apenas para divertir as crianças e fazê-las correr. Mas esses jogos fazem muito mais: oferecem um enorme playground para o cérebro aprender por tentativa e erro e ainda são um grande treinamento social para os futuros estresses da vida adulta.

Considere, por exemplo, as brincadeiras tradicionais da infância. Estas são um excelente exercício para o córtex pré-frontal em formação, aquela parte do cérebro que organiza nossas ações, faz planos, elabora estratégias e, sobretudo, diz "não" às respostas impulsivas do cérebro. Crianças pequenas ainda não fazem nada disso muito bem, com seu pré-frontal imaturo, de modo que qualquer "aula" de organização é bem-vinda, a começar pelo bê-á-bá: escolher a resposta certa para cada estímulo. Brincando de lenço atrás, o cérebro aprende que deve responder a um objeto atrás das costas fazendo a criança correr atrás da outra. Enquanto aprende, o cérebro de quebra se diverte com seus erros, o que garante muitas horas de brincadeira – e aprendizado.

Se escolher a resposta certa é importante, não responder quando não se deve também é fundamental, mas já exige um nível de elaboração maior do pré-frontal. Aos 3 anos, meu filho brincava de morto-vivo sem o menor problema, mas o cérebro dele ainda apanhava nas brincadeiras de "nível 2", que exigem que não se faça alguma coisa ao ouvir um comando. No esconde-esconde, bastava perguntar "Cadê você?" que ele se entregava, lá do seu esconderijo: "Tô aqui!". Com tempo, prática e muita brincadeira, o córtex pré frontal vai aprendendo que às vezes a ação correta é a não ação.

O passo seguinte é elaborar estratégias que juntam ação e não ação. Quando morto-vivo e batatinha-frita se tornam triviais, brincadeiras como pique-bandeira e depois os esportes organizados dão ao cérebro o desafio de monitorar várias pessoas ao mesmo tempo, decidir quando é o momento de correr e, ainda, driblar o adversário.

O prazer e motivação das brincadeiras da infância vêm da ativação nas alturas do sistema de recompensa, que premia o cérebro que faz algo que dá certo, e assim faz qualquer coisa parecer interessante. Daí vem o "modo de auto-entretenimento" talvez universal em filhotes, capazes de passar horas em seu próprio mundo. Pois é: filhotes de ratos brincam; filhotes de elefante rolam na lama; cachorrinhos e filhotes de leão se amontoam, mordendo-se na nuca ou nas orelhas, em brigas de mentira.

Além de aprender na prática a controlar a si mesmo, o cérebro de quem brinca aprende formas mais saudáveis de regular suas respostas ao estresse. Ratinhos criados em isolamento ou com irmãos sedados demais para brincar tornam-se adultos ansiosos e estressados: em situações ameaçadoras, os animais que não brincaram na infância são mais dados a arroubos de agressividade ou, ao contrário, a se esconder. O mesmo acontece com primatas, entre eles os humanos. A brincadeira bruta expõe os filhotes a pequenos estresses, com os quais eles vão aprendendo a lidar desde cedo. Assim quem sabe um dia eles possam considerar seus problemas adultos "brincadeira de criança"...
 
Crédito: Educação Física com Seriedade
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